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My cup of tea

"You can never get a cup of tea large enough or a book long enough to suit me" C. S. Lewis

My cup of tea

"You can never get a cup of tea large enough or a book long enough to suit me" C. S. Lewis

Três coisas a não fazer, em tempo algum, quando se pinta uma divisão. Conselho de amiga.

1. Confiar cegamente no vendedor.

Foi o que eu fiz. Cheguei, disse as medidas do meu quarto e o vendedor disse o número de litros que seriam necessários. Eu, na minha ignorância, se me tivessem dito 10L por parede não tinha duvidado. Não foi um número tão disparatado, mas cheguei ao final com o quarto todo pintado e metade da tinta na lata. True story.

2. Confiar cegamente nas mães.

As mães sabem tudo sobre tudo. Hidroponia? Claro. Época de acasalamento dos guaxinins? Sem sombra de dúvida. Renda de bilros? Na boa. Ora então, não hão-de estar a par de todo o universo cromático? Claro que sim. Foi o que eu pensei. Cheguei à loja com as cores em mente. Um rosa leve (qualquer coisa como o da cor Pantone) e cinzento. Pego no catálogo e quase que tenho um mini ataque cardíaco. O catálogo tinha milhentas cores. Eu indecisa por natureza recrutei a ajuda da minha mãe. Quando ela me vê com o catálogo aberto na escala dos cinzentos, diz que não, não é nada disso, que tenho é de escolher um lilás a fugir para o cinzento para aproximar ao rosa. Lá vou eu para a página dos lilases procurar qualquer coisa que se assemelhe vagamente ao que tenho em mente. Escolho um entre quinhentos, ou mais, e mando fazer a cor. Quando me entregam a lata fico ligeiramente desconfiada. Não era beeeeem aquilo. Mas penso positivo, deve ficar diferente na parede. Não ficou. Ficou qualquer coisa como um lilás-cor-de-vómito. Olhava para a cor e só me lembrava de vómito e ranho. Pouco promissor. Principalmente quando já era tarde, o quarto estava todo pintado e eu em desespero porque não era NADA daquilo. Entro num daqueles dramas femininos com pouca lógica e uma vontade estupidamente grande de chorar por causa da cor de uma parede. Volto à loja, desta vez mais resoluta em relação à cor e sabendo de antemão que não me ia deixar enganar pelas quantidades de tinta. Uns meses depois, escrevo-vos do meu quarto, com as cores certas nas paredes e um trauma com pinturas. Moral da história, na hora de escolher as cores não se deixem enganar. Nem mesmo pela omnisciência da vossa mãe.

3. Pensar: “Ah, isto é coisa para demorar um par de horas.”

Não cheguei a esse cúmulo, mas pensei que em dois ou três dias a coisa ficava despachada. Uma semana depois e o quarto ainda estava por pintar. Só dez dias depois concluí a malfadada tarefa. E não, o meu quarto não tem as dimensões do Palácio de Versalhes. Nem da Muralha da China. Mas entre despejar o quarto, forrá-lo a plástico, pintá-lo, limpá-lo e voltar a pôr a mobília lá dentro… Sim, precisei desse tempo todo. Convém dizer que durante estes dez dias houve vida para além do quarto e das tintas.

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