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My cup of tea

"You can never get a cup of tea large enough or a book long enough to suit me" C. S. Lewis

My cup of tea

"You can never get a cup of tea large enough or a book long enough to suit me" C. S. Lewis

Imbróglios de uma pessoa com tendências procrastinativas

Todos os anos digo: "Vai ser este ano, caramba. Este ano vai ser espetacular. Vou ter os resumos em dia, vou estudar sempre a matéria à medida que a formos dando, vou ser meticulosamente organizada... Vai ser a bombar. Vou tirar notas bestiais. Ninguém me pára.". Escusado será dizer que nunca, mas nunca tenho a matéria em dia. O que me deixa à beira de um colapso nervoso, tal é a quantidade de matéria acumulada. É para aprenderes, miúda.

Uma paixão chamada livros #19

19. Coleção/ saga favorita

Não há uma saga favorita, mas sim duas que não consigo escolher. Estão em pé de igualdade, por motivos que já expliquei aqui.

The Hunger Games e a saga Divergente. Há aspetos que gosto mais numa coleção do que noutra e vice-versa. Não consigo escolher uma.

Nenhuma delas tem uma escrita fabulosa, mas acho que o que mais me agarra em ambas as coleções é o facto de sermos transportados para um futuro distópico e a isso aliarmos algum romance.

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Os Jogos da Fome.jpg

 

...

Ás vezes preferimos um certo comodismo. Preferimos estar quietinhos. Estamos tão bem. Deixamo-nos estar. Voos rasos. Baixos. Não. Pés totalmente no chão. Firmes. Para não sermos apanhados desprevenidos.

Sonhar dá um trabalho desgraçado. Mais que uma carga de trabalhos dá corações estraçalhados. Uma pessoa quer, ambiciona mais que a vidinha monótona de todos os dias e... E se não conseguir? Anda-se a desejar, a querer tanto, a trabalhar e a viver em prole disso e... E se for em vão?

Tanta coisa e acabamos comuns mortais. Iguaizinhos a toda a gente. Afinal já tanta gente quis, viu-se e desejou-se e vimos nós, sonhadores de primeira viagem, com a bagagem cheia de nada que não de coisas imaginadas, a achar que conseguimos o que tão pouca gente conseguiu. E se não conseguimos, como tanta gente não conseguiu, aterra-se em solo firme, com turbulência, sem direito a pára-quedas. Arranjam-se fraturas e traumatismos vários. Quando não é pior. Quando não se despedaça em definitivo essa coisa tão palpável para nós e tão pouco palpável para os outros - os sonhos. E às vezes, para além dos sonhos que vão sem retorno, vai também a vontade de os fazer com a mesma ingenuidade.

Andar sem os balanços de viagens aéreas é mais seguro, mas também é incomparavelmente mais triste. Viver a nossa vidinha de todos os dias, esperando apenas o que é certo receber dela, sem a espremer até ao tutano é como viajar de olhos fechados. Vive-se sem se viver. Está-se sem se estar.

Pode ser mais perigos, mas que piada tinha viver sem arriscar?

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