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My cup of tea

"You can never get a cup of tea large enough or a book long enough to suit me" C. S. Lewis

My cup of tea

"You can never get a cup of tea large enough or a book long enough to suit me" C. S. Lewis

Quando sentimos que a vida deixa de fazer sentido...

É um assunto sério o que trago aqui, hoje. Acho que a minha vida deixou de fazer sentido… Quantas vezes mesmo é que eu já comecei post’s com esta frase? Algumas, não é? Mas, desta vez, é mesmo uma coisa grave.

Acho que deixei de gostar de McDonald’s. Pois, eu avisei. Mesmo assim, ficou além do que vocês imaginaram, provavelmente.

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Isto começou… Nem eu sei muito bem como é que começou…

Voltando aos primórdios do meu amor platónico por McDonald’s. O McDonald’s estava para mim, como… o Romeu para a Julieta. Eeer… Se calhar não é uma boa comparação. Eles mataram-se, não foi? De qualquer das formas sinto que é para aí que a minha relação com o MacDonald’s descamba: tragédia.

Inicialmente, éramos felizes. Nós os dois. O dia podia estar a ser péssimo, eu ia ter com ele, pedia-lhe um BigMac, eu, fã acérrima de BigMac, e o dia ganhava toda uma nova alegria. À primeira trinca, quando sentia o sabor daquele molho, ao mesmo tempo que fechava os olhos e pincelava uma batata em Ketchup, a minha vida, por mais drástica que fosse a situação, passava a fazer sentido e a ser infinitamente bestial.

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Ele compreendia-me como nenhuma outra pessoa me compreendia. No final, quando rematava com um Sundae (ainda dei uma hipótese ao McFlurry, mas não havia química suficiente entre nós), sentia uma espécie de fogo-de-artifício incomparável, uma explosão de adrenalina, um frémito de satisfação. Aquilo era felicidade. As pessoas procuram uma vida inteira por felicidade, eu sei encontrá-la num piscar de olhos: experimentem colocar as coordenadas de GPS do MacDonald’s mais perto.

Ou pelo menos, era. Até há coisa de um mês. Toda aquela sensação de prazer, alegria, felicidade e tudo mais… Desapareceu. Plof! Como quando abocanhamos um pedaço gigante de algodão doce. Não senti aquele prazer desmedido, aquela ânsia boa de quem acabou de conseguir tirar a última bolacha de chocolate do pacote. Sabem, a vida é injusta. Tão rapidamente nos dá a resposta às questões mais filosóficas da vida, como: Onde encontrar a felicidade? Como rapidamente nos volta a roubá-las, com um egoísmo incomparavelmente sádico.

E é este o ponto de situação da minha vida: Se eu deixei de gostar de McDonald’s, como exatamente é possível continuar a viver? Qual a motivação que me faz continuar a viver todos os dias? Não sei… Não sei, mesmo.