Dramas de quem se dedica a um blog
Estar quase, quase a adormecer, naquele limbo em que já não estamos bem conscientes de nós, mas também ainda não estamos bem a dormir. Ter uma ideia para um post no blog. Enumerar tudo o que quero escrever mentalmente. Perceber que se não apontar vou-me esquecer de tudo (Eu, esquecida?! Cá agora...). Estender o braço a custo para a mesinha de cabeceira. Palpar entre revistas, livros (só leio um de cada vez, vá-se lá saber porquê tenho sempre vários na mesinha de cabeceira), tablet, carregadores, caixas (Eu, desarrumada?! Cá agora...). Encontrar, por fim, o telemóvel. Ligar o ecrã. Ficar encadeada com a luz. Ir até ao Memorando. Apontar o que tenho para apontar. Adormecer. Acordar no outro dia de manhã. Lembrar-me vagamente do que aconteceu. Tentar lembrar-me que post era aquele que eu queria escrever. Ir até ao Memorando. Descobrir qual era o post e agradecer por me ter dado ao trabalho de apontar.
Ter um blog é mais ou menos isto...