Namoro à espanhola
Outra vez cinema, desta feita em castelhano. A provar que o que se faz fora de Hollywood também pode ser bom. Muito bom.
É uma comédia (nota-se que gosto muito de comédias?) passada obviamente em Espanha. Nos dois extremos de Espanha, mais propriamente, Andaluzia e País Basco. Passando-se nestes dois pontos geográficos, percebe-se logo que o filme pega com as rivalidades existentes em Espanha.
Rafa, andaluz, conhece Amaia, basca, numa festa em Sevilha e apixona-se por ela. Ela segue com a sua vidinha e volta para o País Basco, mas Rafa decide ir atrás dela. O problema reside no facto de serem de zonas de Espanha rivais. E quando eu digo rivais, não é uma ideia mais negativa que ambas as regiões tenham uma em relação à outra. É mesmo rivalidade. Uma rivalidade que eu desconhecia de todo que fosse tão intensa. O filme explora toda essa hostilidade. Principalmente quando Rafa tem de agradar ao pai de Amaia, para poder casar com ela, fazendo-se passar por Basco.
O filme está, no meu ponto de vista, muito bom. Dá-nos um bocadinho de cada cultura, fazendo uma certa caricatura de todo o antagonismo que envolve ambas as regiões. Segue o trajeto normal de uma comédia romântica. Um apixona-se o outro não, há ali uma certa incompatibilidade, uma série de situações mais cómicas que advém dessa mesma incompatibilidade, quando dão por ela estão mesmo apaixonados, mas depois afinal não podem assumir essa relação, por fim o desenlace em que acaba com ambos juntos. Cliché. É uma comédia romântica. Mas é uma boa comédia romântica. Fica o trailer.
Parte boa, vai haver sequela. Ou melhor já há sequela em Espanha, com muita pena minha não se sabe muito bem quando é que vem para Portugal.
Parte engraçada, este romance passou do ecrã para a vida real. Gosto imenso quando este género de coisas acontecem (don't judge me!).