Professores...
Já tive ótimos professores e já tive péssimos professores. E sei bem que um professor pode mudar para uma forma totalmente diferente a maneira como olhamos para uma determinada matéria. Nunca gostei de Filosofia e acho que talvez o deva à péssima professora de Filosofia que tive. Por outro lado, tive uma ótima professora de Biologia que me fez gostar imenso da disciplina e trabalhar com muito mais esforço. Não é matemático, mas um bom professor faz toda a diferença.
Este ano ia ter uma cadeira muito similar a uma que já tinha tido o ano passado. E sabe Deus o que eu penei com aquilo o ano passado. Fartei-me de estudar e o que me valeu foi na frequência ter sido tudo relativamente acessível, porque eu tenho noção que o que eu apreendi daquela cadeira, muito importante por sinal, foi qualquer coisa perto de zero. Este ano, imaginava um cenário muito idêntico. Em que ia ter de estudar muito em casa e ser muito auto-didata. Nem é que eu me importe, porque acho que quando descobrimos e percebemos as coisas por nós próprios, a matéria fica mais bem retida, o problema vem do facto de que às vezes uma pessoa por mais que tente, não consegue ir lá sozinha. Tive a sorte, este ano, de ter um ótimo professor. Explicou-nos tudo pormenorizadamente, esclareceu todas as dúvidas, mostrou o porquê e isso faz toda a diferença. Faz mesmo. Não é memorizar só por memorizar. É perceber porque é que é sim. As aulas são muito mais interessantes, temos de estudar menos em casa, gostamos mais da matéria, não me sinto a andar à deriva no meio da aula. Ótimo, fiquei mesmo contente.
Voltei a ter uma cadeira que toca em alguns aspetos a cadeira do outro professor muito bom. E, foi péssimo. A fasquia já estava alta, já tinha tido um professor com um nível muito bom, enfim... Tudo isso acabou por não ajudar muito. Mas este novo professor, que eu por acaso até já conhecia, mostrou-me novamente o lado negro do ensino. Esteve a aula toda a alternar entre ler o powerpoint e recitar matéria a um velocidade estonteante. Eu sei que ele sabe aquilo tudo. E que é tudo mais que óbvio. Mas é óbvio para ele, porque eu saí em desespero da última aula dele. Sem saber muito bem onde é que aquela injeção de matéria me tinha levado. E essa mesma matéria na qual ainda não voltei a pegar deixa-me perto de uma apoplexia só de pensar que nos vamos encontrar em breve numa frequência. Eu tenho duas soluções: ou entendo aquilo ou memorizo. O problema é que eu não consigo entender aquilo. Sempre posso enviar um mail com dúvidas, mas são tantas e ele demora tanto tempo a responder.
Estou tramada...