Quando nos metemos nisto dos blogs
Escrever um blog parece um exercício simples. Mas não é…Tem tanto de simples como evitar as bolas-de-berlim em dieta. Exige a sua perseverança.
Primeiro há que arranjar um assunto que seja coerente com o resto do blog. E se há dias que tudo pode dar um possível post, há outros em que não é bem assim, gente. Há outros dias em que tudo parece despido de interesse. Olhamos à nossa volta e tudo parece um deserto. Com um interesse proporcional à física quântica. Zero.
Depois, há que desenvolver a ideia. E o desenvolvimento da ideia está mais uma vez pendente a uma certa sazonalidade. Há dias em que escrevemos tudo de rajada, como se as palavras brotassem espontaneamente. Há outros, senhores… Uma pessoa escreve a primeira frase, roda a caneta, escreve mais uma frase, risca, olha para a folha e entra em desespero. Nada, Espera-se um dia. Esperam-se dois. E as palavras não acontecem. Olhamos à nossa volta à espera de alguma coisa que despolete o clique. Nada. Há um mecanismo interno que tão rapidamente nos dá as palavras, como nos volta a tirá-las. Nada feito.
Quando por fim, o texto está concluído, lê-se, volta-se a ler, uma e outra vez. Corrige-se, acertam-se os detalhes, enceta-se um exercício de autocrítica que acaba muitas vezes com um risco na diagonal e recriminações várias.
E no final de tudo, se o texto for mesmo para a frente, fica-se sempre (mas mesmo sempre) com a sensação que alguma coisa poderia ser alterada.
E é isto, gente. Ou pelo menos algumas vezes. Mas as outras vezes em que não é assim, valem por todas as outras que são.