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My cup of tea

"You can never get a cup of tea large enough or a book long enough to suit me" C. S. Lewis

My cup of tea

"You can never get a cup of tea large enough or a book long enough to suit me" C. S. Lewis

Star Wars aos olhos de uma outsider

Tenho duas amigas que são fãs de Star Wars. Quando eu as conheci, há mais de dez anos, não eram, porque se fossem, provavelmente não seriamos amigas. Se eu previsse que seria coagida a ver Star Wars, passado dez anos, talvez tivesse pensado duas vezes na nossa relação. Foi assim que vi três episódios de Star Wars. Por coação.

Vá, não foi só por coação. Se tanta gente no mundo vive uma relação obsessivo-compulsiva com a saga, eu tinha de, pelo menos, tentar compreender o fenómeno. E só podia compreender se visse todos os filmes. Não se pode dizer que não se gosta sem experimentar. E eu experimentei. Experimentei metade. Falta a outra metade, para quando a coragem for suficiente para isso. Mas hei-de ver, por respeito à minha máxima de que só se pode dizer que não se gosta, se realmente se tiver visto todos os filmes (e quem diz filmes, diz livros, comida and so on).

Comecei pelo episódio 4, ou seja pela ordem de lançamento dos filmes. E... Foi mau, acreditem. Foi mesmo mau. Ia adormecendo nas partes mais cativantes do filme. Eu sei, o problema é meu, mas não consegui achar nenhum ponto de interesse. Perguntaram-me qual a parte que eu mais tinha gostado, qual a minha personagem perferida... Nada. Não gostei de praticamente nada. Disseram-me que era normal, se experimentasse ver a segunda trilogia (episódios 1,2 e 3) ia gostar mais.

Avancei para o episódio 1. Melhorou, mas não substancialmente para mudar de opinião. Aborrece-me. Nada a fazer. Tinha partes mais interessantes, mais cativantes, mas enquanto toda a gente vibrava com determinadas cenas, eu estava a fazer um esforço hercúleo para me manter acordada. A dinâmica mudou, tornou-se mais interessante, mas continuo a ver um certo ridículo em tudo. Quase que me juraram que no episódio 2 é que a minha opinião ia mudar.

E adivinhem? Não mudou... Ok, não mudou completamente. O episódio 2 tem muito mais romance (é o que tem mais romance), mas, atenção, não é obviamente um filme romântico, tem fases com suspense (têm todos, mas só neste é que esse suspense me agarrou), tem um certo virar da história... De todos, foi o que gostei mais, mas não tanto para me tornar fã. Gostei, mas nada de extraordinário. Quando fiz este comentário, vários olhares escandalizados. Estou sem esperança. Perguntaram-me se não acreditava na força. Ri-me. Gente, é ficção, certo? Novos olhares escandalizados. Não acreditar na força deve ser o cúmulo da falta de esperança. Disseram que o episódio 3 era melhor que o 2, era o clímax, mas era melhor ver antes o 5 e o 6. Mas, se eu não tinha gostado do 2, dificilmente ia gostar do 3. Tinha seguido por um caminha sem retorno. Estou perdida, portanto. Posso sempre ir tentando alimentar o pouco fascínio que há.

No meio disto tudo, percebi uma coisa. Percebi porque é que aquilo agarra. Aquilo é um universo à parte. Universo metaforicamente, porque literalmente, é só mesmo uma galáxia à parte. Mas como eu estava a referir, o universo Star Wars, á semelhança de outros mundos ficcionais paralelos, tem o poder de tranportar para uma outra realidade, e isso fascina as pessoas. Aquilo está organizado de tal forma minunciosa que até eu fiquei ali meio na dúvida se seria mesmo ficcional. Tudo tem uma razão, tudo tem uma explicação...

Portanto, faltam quatro filmes, já sei grande esperança de me render à coisa, prometo que vou ver, não sei quando, mas hei-de ver.

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