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My cup of tea

"You can never get a cup of tea large enough or a book long enough to suit me" C. S. Lewis

My cup of tea

"You can never get a cup of tea large enough or a book long enough to suit me" C. S. Lewis

Aviso à navegação: não comprem Nestum marca Continente

E depois de uma frase destas, acho que acabei de gorar quaisquer expectativas que pudessem existir em relação a ter compras grátis em qualquer loja da marca Sonae.

Isto tudo, porque veio cá parar a casa (veio cá parar, é como quem diz, alguém teve de comprar) uma embalagem do dito cujo. E, senhores, senti cá dentro alguma necessidade, se não dever, de vos transmitir que não vale a pena, numa tentativa frustrada de poupança, comprarem a marca branca ao invés da original. Eu desconfio seriamente, que quem esteve por de trás do fabrico do produto, não tinha papilas gustativas. É o sabor, é a textura, até a cor me deixa indecisa se eles tentaram mesmo fazer uma cópia de Nestum, ou se acharam giro criar uma nova forma de alimentação.

Na verdade, a embalagem já deixava suspeitar, que o conteúdo não perspetivava nada de bom. Mas uma pessoa gosta de ter esperança. Não é por o departamento de Marketing ter uma miopia grave associada a daltonismo, que vamos pôr de lado a hipótese que o Nestum marca branca seja um caso de sucesso, como o Cerelac, por exemplo. Palavra que gosto mais do Cerelac marca branca que o original. O Nestum não segue definitivamente esta lógica.

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Conselho de amiga, gente.

Pronto e agora que já cumpri a minha boa ação do dia, vou mergulhar novamente nos livros.

Quando sentimos que a vida deixa de fazer sentido...

É um assunto sério o que trago aqui, hoje. Acho que a minha vida deixou de fazer sentido… Quantas vezes mesmo é que eu já comecei post’s com esta frase? Algumas, não é? Mas, desta vez, é mesmo uma coisa grave.

Acho que deixei de gostar de McDonald’s. Pois, eu avisei. Mesmo assim, ficou além do que vocês imaginaram, provavelmente.

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Isto começou… Nem eu sei muito bem como é que começou…

Voltando aos primórdios do meu amor platónico por McDonald’s. O McDonald’s estava para mim, como… o Romeu para a Julieta. Eeer… Se calhar não é uma boa comparação. Eles mataram-se, não foi? De qualquer das formas sinto que é para aí que a minha relação com o MacDonald’s descamba: tragédia.

Inicialmente, éramos felizes. Nós os dois. O dia podia estar a ser péssimo, eu ia ter com ele, pedia-lhe um BigMac, eu, fã acérrima de BigMac, e o dia ganhava toda uma nova alegria. À primeira trinca, quando sentia o sabor daquele molho, ao mesmo tempo que fechava os olhos e pincelava uma batata em Ketchup, a minha vida, por mais drástica que fosse a situação, passava a fazer sentido e a ser infinitamente bestial.

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Ele compreendia-me como nenhuma outra pessoa me compreendia. No final, quando rematava com um Sundae (ainda dei uma hipótese ao McFlurry, mas não havia química suficiente entre nós), sentia uma espécie de fogo-de-artifício incomparável, uma explosão de adrenalina, um frémito de satisfação. Aquilo era felicidade. As pessoas procuram uma vida inteira por felicidade, eu sei encontrá-la num piscar de olhos: experimentem colocar as coordenadas de GPS do MacDonald’s mais perto.

Ou pelo menos, era. Até há coisa de um mês. Toda aquela sensação de prazer, alegria, felicidade e tudo mais… Desapareceu. Plof! Como quando abocanhamos um pedaço gigante de algodão doce. Não senti aquele prazer desmedido, aquela ânsia boa de quem acabou de conseguir tirar a última bolacha de chocolate do pacote. Sabem, a vida é injusta. Tão rapidamente nos dá a resposta às questões mais filosóficas da vida, como: Onde encontrar a felicidade? Como rapidamente nos volta a roubá-las, com um egoísmo incomparavelmente sádico.

E é este o ponto de situação da minha vida: Se eu deixei de gostar de McDonald’s, como exatamente é possível continuar a viver? Qual a motivação que me faz continuar a viver todos os dias? Não sei… Não sei, mesmo.

Depois de uma semana de privação de carne

Hoje foi um dia ótimo, para cima de espetacular, e eu tinha de vir cá partilhar esse facto. Não, não vou passar as minhas próximas férias às Caraíbas. Não, não recebi uma herança com um número astronómico de dígitos. Muito melhor. A fasquia está alta, eu sei. Mas acreditem, é caso para isso.

Depois de quase uma semana sem comer carne, eis que hoje foi o dia em que isso voltou a acontecer. É nestas alturas que uma pessoa dá valor ao que é banal e vulgar e percebe que, afinal, nem tudo está garantido. Só sabemos que estivemos lá em cima, quando estamos cá em baixo. E hoje, eu percebi que já tinha atingido os píncaros da felicidade: tinha liberdade para comer carne mais ou menos quando me desse na real gana. Um bife com arroz (imaginem, nem o arroz era integral!) passa a ser algo inexplicavelmente precioso.

Quando vi aquele naco de carne suculenta, permiti que as minhas papilas gustativas divagassem pelos lugares mais recônditos da minha mente numa tentativa de se relembrarem exatamente qual seria o sabor da carne. Mas só quando ferrei o dente é que percebi que o que quer que a minha mente tivesse produzido, ficava muito aquém da realidade. Pelo meu cérebero ecoou:

Aaaaaaaaaaaahhhh! (som angelical)

E de repente, tudo passou a fazer sentido, a vida passou mesmo a ser bestial.

Permiti-me dar asas à minha felicidade e iniciei um intróito musical:

- Oh, happy daaaaaaaaaay! Oh, haaaappy daaaaaaaaaaaay!

Em troca recebi um olhar escandalizado da minha mãe que queria dizer nada mais, nada menos que:

"Raça da miúda, tu não sabes que não se canta à mesa!"

(A minha mãe não diz raça da miúda. A minha avó diria, mas a minha mãe não. Mas para efeitos dramáticos, não vem mal nenhum ao mundo se fingirmos que a minha mãe diria isso.)

Mas, não quero saber. Estou extremamente alegre e não vão saber as regras de etiqueta que vão ofuscar a minha felicidade.

Três vivas para a carne!

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Em contra-corrente...

Lá em casa substituíram o bolo de chocolate pelo brownie de beterraba (não perguntem...), bacalhau à braz por vegetais à braz (nem vou dizer o quão insultuoso é incluir no mesmo prato as palavras braz e vegetais), leite por bebidas várias desde soja a arroz (eu continuo fã acérrima da vaca)... Mas eu, resistente, continuo em contra-corrente.

E agora, como se não bastasse tudo isto, ainda me dão um livro com receitas de pratos vegetarianos e macrobióticos. Mas eu não me passo para o outro lado. Nem pensar. Prezo muito os açúcares e a gordura e outros que tais que lá por serem menos saudáveis não deixam de contribuir de forma vertiginosa para a minha felicidade.

Vamos falar outra vez de sushi

Houve uma alminha desamparada que chegou aqui ao blog através da seguinte expressão: "obrigar a gostar de sushi". Ainda não percebi qual foi o intuito dessa pobre alma quando digitou estas palavras num motor de busca tão vasto quanto o google.

Se estava num momento de desespero e sentiu que ninguém a compreendia face ao facto de não gostar de sushi, esteja à vontade. Faça da minha caixa de comentários, a sua caixa de comentários. Desabafe, chore, grite (tem sempre as maiúsculas), cuspa insultos... Já sabe, pode contar aqui com um ombro amigo e uma palmadinha nas costas. Se não tiver nada de útil para fazer no momento, tem sempre este texto, que é nada mais nada menos que um desabafo em relação ao mesmo problema que padece. Sim, eu sei como é difícil. A coação, a obrigação, essa coisa de que todos temos de gostar de peixe cru de forma superlativa...

Caso contrário, se veio aqui parar porque quer obrigar alguém a gostar de sushi... Bateu com os costados no lugar errado. E se não quer ser espancado virtualmente tem sempre aquela cruz no canto superior direito. Isso mesmo que está a pensar. O meu modesto espaço blogosferico não se destina a si. Repense a sua vida, o seu modo de agir, as suas atitudes, e pelo amor de Deus, esqueça lá essa ideia de obrigar quem quer que seja a comer sushi.

Pessoal que gosta de sushi, vamos ter uma conversa séria

Eu compreendo a vossa tara por peixe cru (não compreendo, mas ignorando esse pequeno detalhe...), mas caramba, parem de nos fazer sentir umas criaturas estranhas (nós, que não comemos peixe cru).

Eu também gosto muito de lasanha. Gosto mesmo. Mas não tento evangelizar toooooda a gente à minha volta. Eu sei, até certo ponto, parece criminoso não gostar de lasanha, mas há que perceber que existe liberdade gastronómica. Cada um é livre de escolher o que come.

E por favor, parem de utilizar o argumento:

- Ah! Mas tu não gostas, porque não insistes.

Vamos lá ver, não é por eu comer uma coisa até à exaustão que vou passar a gostar. Odeio favas, comer favas até à exaustão é uma imagem que me dá vómitos.

E não pensem que não é por eu não abominar de morte que estou no bom caminho. Não desgosto, mas também não percebo essa coisa que roça o fanatismo. Aquilo não sabe a nada. É uma pasta mole, uma coisa estranha, desenxabida.

Agora, não insistam sim? Vamos aceitar a pluralidade.