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My cup of tea

"You can never get a cup of tea large enough or a book long enough to suit me" C. S. Lewis

My cup of tea

"You can never get a cup of tea large enough or a book long enough to suit me" C. S. Lewis

(Ainda as) Bipolaridades

Sou a miúda que chora baba e ranho em filmes românticos, mas treme de vergonha alheia perante gestos pseudo-românticos meio pirosos.

Sou a miúda que se diz altamente sensata, racional e com dois palmos de testa, mas que comete as maiores parvoíces irrefletidas só porque sim.

Sou a miúda que dá gargalhadas colossais, diz as maiores barbaridades, inventa piadas secas, muitas vezes sem filtros, mas que se encolhe de vergonha e analisa meticulosamente o politicamente correto.

Sou a miúda irónica, sarcástica e (às vezes) cruel, mas que diz que nunca devemos julgar os outros e o respeito pelo outro é uma das minhas maiores máximas (mesmo quando apetece desatar ao tabefe).

Sou a miúda que diz que odeia estar chateada sem razão aparente, não suporta auto-vitimização e abomina aquela mania de ver permanentemente o copo meio vazio, mas dramatiza tudo infinitamente, olha só para as hipóteses mais negras, entra numa espiral de medo e desata as carpir todas as mágoas (normalmente horrendas) sem motivo aparente.

Vivo numa bipolaridade estranha, aos solavancos entre mim e todas as outras pessoas que também me pertencem, numa pluralidade que ainda descubro e me leva irremediavelmente a perguntar: quem exatamente sou eu?

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(Já viram se sou uma psicopata ou uma assassina em série e não sei?!) 

Bipolaridades blogosféricas

Há dias em que me ponho a ler os posts do meu próprio blog. Sim, eu sei, tem o seu quê de narcisista. E penso que não me saí nada mal.

Há outros, em que quanto mais leio, mais deprimida fico. Sou acometida de impulsos homicidas e penso mandar o blog às urtigas. Ir às definições e enviá-lo para um abismo sem retorno.

Mais ou menos como quando acordamos de manhã, olhamos para o espelho, e nuns dias, ele é um fofo, e devolve-nos a imagem de uma das angels da Victoria’Secret, enquanto que noutros olhamos com perplexidade para uma imagem disforme que, guess what, somos nós.

Bipolaridade feminina no seu melhor.

Uma paixão chamada livros #24

24. Top dos 5 escritores favoritos

É suposto ter um top 5 de escritores favoritos?! Chegou ali à pergunta 20 e a coisa começou a descambar. Se fossem três, agora cinco?! São muitos… E tenho a dizer-vos que a tarefa se revelou inimaginavelmente mais complicada para os homens que para as mulheres. Portanto sem nenhuma ordem em concreto (arranjar cinco já foi difícil, ordená-los por ordem de preferência está no limiar do impossível…).

1. John Green

Conheci-o por meio da Culpa é das Estrelas. Depois de me contarem a história pensei que estávamos a falar de algo semelhante a Nicholas Sparks. Não ia com expectativas muito altas. Esperava alguns clichês e uma tendência para cair em lugares comuns. Mas surpreendentemente, não foi nada disso que encontrei.

Uma das coisas que mais gosto em John Green é a forma como molda as personagens e os diálogos.

2. Ken Follett

Ainda não li muita coisa deste autor, mas o pouco que li, fez-me encaixá-lo neste top. O Terceiro Gémeo foi aquele que gostei mais dele até agora. Peguei nele com zero expectativas, comecei a ler e fiquei imensamente entusiasmada de forma que não consegui parar até acabar de o ler. Gostei imenso da forma como misturou a área científica, neste caso específico genética, com policial e algum romance. Este ano quero muito voltar a ler este autor.

3. Markus Zusak

Dele só li A rapariga que roubava livros, mas fiquei apaixonada pela escrita dele. Houve ali um embate inicial, mas à medida que continuei a leitura gostei cada vez mais da forma como a narrativa é explorada. O facto de ser a morte a narrar a história, a forma como as personagens são delineadas, a abordagem aos factos históricos…

4.Alexandre Dumas

É o escritor de um dos meus clássicos favoritos. Já disse imensas vezes que acho o Conde Monte Cristo genial, com um enredo fabuloso e nada óbvio. Alexandre Dumas foi a pessoa que teve a capacidade de escrever uma obra com aquela magnitude.

5. Mark Twain

Mark Twain entrou na minha vida com o As Aventuras de Tom Sawyer, que gostei bastante de ler, mas foram As Aventuras de Huckleberry Finn que me fizeram realmente gostar do autor pelo facto de fazer uma luta silenciosa contra o racismo ao longo de todo o livro, no meio de episódios mais ou menos caricatos.

Aquele momento em que...

Estás a ler um e-mail que envias-te e de repente bates com os olhos num "Comprimentos".

Voltar a ler. E a reler. E a reler. E a reler.

Fechar os olhos.

Abanar a cabeça e pensar:"Naaaaao, não fui eu". Não posso ter sido.

Abrir os olhos, voltar a ler o e-mail.

Fui mesmo eu. Que. Escrevi. Comprimentos.

Voltar a fechar os olhos e dizer mentalmente: "A outra pessoa não deve ter reparado.".

Ah! Pois não... Cá agora.

Quem não escreve...

Não sabe que escrever é voar. Um salto no vazio. Sem rede. Um frémito. Uma ansiedade boa sem limites de catapultar palavras cá para fora. Um role de palavras que fluem.

Quem não escreve não sabe o que é viver dentro dos seus próprios enredos. Andar sempre à cata de de transformar personagens em pessoas. O que é procurar desafiar os limites impostos pelas regras. Escrever desregradamente com regras é uma arte.

Quem não escreve não sabe que as palavras escondem labirintos, enrodelham-se, reinventam-se, desdobram-se...

Quem não escreve, não sabe muita coisa...

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