Leituras #7 Quatro
Quando comecei a ler este livro não ia com muitas expectativas. Nem sequer era para o ler. Mas depois acabei o Convergente e entrei em depressão profunda. Eu tinha-me embrenhado mesmo naquele universo, tinha-me apegado às personagens e aquilo não acabou nada como eu queria… Para me recuperar, decidi ler o Quatro na esperança de atenuar esta sensação de vazio e poder seguir para a frente com a minha vida, deixar para trás o luto. A falar nisto, ainda sinto uma lágrima a querer despontar. Não é fácil, acreditem.
Quando li o último livro da saga, Convergente, e como já referi algures num post, tinha uma noção e uma compreensão maior da personalidade do Tobias. Houve fases em que não percebia porque é que ele não exteriorizava o que pensava e a razão de algumas ações. Quando lemos o último livro da saga acho que ficamos mais esclarecidos, temos acesso direto à mente de Tobias, vemos as coisas aos olhos dele, são-nos dados a conhecer os pensamentos dele.
Eu estava à espera que no Quatro, à medida que íamos lendo algumas cenas, que já tínhamos lido em Divergente aos olhos de Tris, fizessem mais sentido. Mas não fizeram. Até porque notei ali um certo desfasamento entre o que ele pensava e depois dizia. Mais tarde, li uma entrevista da autora, em que ela dizia, que quando escreveu Quatro já conhecia muito melhor Tobias, o que fez com que se pudesse, teria alterado algumas falas.
Outro aspeto, que me deixou reticente, foi o livro não trazer nada de novo. Não traz. Tudo o que vamos lendo, já nos tinha sido revelado em algum dos livros da trilogia. O espancamento do pai, o trabalho que tem na sede dos Intrépidos, o processo de Iniciação… São revelados alguns detalhes, mas nada de substancial.
Apesar de tudo, gostei do livro, no geral, lê-se bem, em pouco tempo.