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My cup of tea

"You can never get a cup of tea large enough or a book long enough to suit me" C. S. Lewis

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Leituras #7 Quatro

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Quando comecei a ler este livro não ia com muitas expectativas. Nem sequer era para o ler. Mas depois acabei o Convergente e entrei em depressão profunda. Eu tinha-me embrenhado mesmo naquele universo, tinha-me apegado às personagens e aquilo não acabou nada como eu queria… Para me recuperar, decidi ler o Quatro na esperança de atenuar esta sensação de vazio e poder seguir para a frente com a minha vida, deixar para trás o luto. A falar nisto, ainda sinto uma lágrima a querer despontar. Não é fácil, acreditem.

Quando li o último livro da saga, Convergente, e como já referi algures num post, tinha uma noção e uma compreensão maior da personalidade do Tobias. Houve fases em que não percebia porque é que ele não exteriorizava o que pensava e a razão de algumas ações. Quando lemos o último livro da saga acho que ficamos mais esclarecidos, temos acesso direto à mente de Tobias, vemos as coisas aos olhos dele, são-nos dados a conhecer os pensamentos dele.

Eu estava à espera que no Quatro, à medida que íamos lendo algumas cenas, que já tínhamos lido em Divergente aos olhos de Tris, fizessem mais sentido. Mas não fizeram. Até porque notei ali um certo desfasamento entre o que ele pensava e depois dizia. Mais tarde, li uma entrevista da autora, em que ela dizia, que quando escreveu Quatro já conhecia muito melhor Tobias, o que fez com que se pudesse, teria alterado algumas falas.

Outro aspeto, que me deixou reticente, foi o livro não trazer nada de novo. Não traz. Tudo o que vamos lendo, já nos tinha sido revelado em algum dos livros da trilogia. O espancamento do pai, o trabalho que tem na sede dos Intrépidos, o processo de Iniciação… São revelados alguns detalhes, mas nada de substancial.

Apesar de tudo, gostei do livro, no geral, lê-se bem, em pouco tempo.

Uma paixão chamada livros #25

25. Top 5 escritoras favoritas

1. Jane Austen

Li o Orgulho e Preconceito há alguns anos atrás, e na altura, sabe Deus porquê, a coisa não me seduziu muito. Há coisa de um mês atrás peguei em Sensibilidade e Bom Senso sem grandes expectativas e numa de tentar dar uma segunda oportunidade. E percebi, que o problema não era o livro, mas sim eu. Isto veio apoiar a minha tese de que há alturas da vida para lermos certos livros. E eu li Orgulho e Preconceito na altura errada. Se tivesse lido agora teria gostado muito mais. Gostei tanto de Sensibilidade e Bom Senso que me apaixonei pela escritora e fiquei com vontade de ler todos os livros dela.

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2. Veronica Roth

Escreveu uma das minhas sagas favoritas, Divergente. Gosto da forma original e criativa com que desenvolve a ação. Não dá tempo para respirar. Sucede uns acontecimentos aos outros em catadupa. Não vou dizer que é absolutamente surpreende, mas surpreende.

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3. Suzanne Collins

Autora dos Hunger Games, foi a escritora que me levou pela primeira vez até a um futuro distópico. Acho que os livros têm um equilíbrio muito bom entre drama, ação, romance… Esta foi daquelas sagas que não consegui largar enquanto não parei de ler. Li cada um dos livros a uma velocidade estonteante e fiquei sempre com vontade que houvesse mais.

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4. Agatha Christie

Agatha Christie explora os policiais de forma incrivelmente exímia. E no meio disso tudo ainda criou duas personagens tão icónicas como Poirot ou Miss Marple. O mais curioso é que o romance que mais gosto dela não inclui nenhuma destas personagens: As dez figuras negras. Foi o primeiro livro que li dela, e até agora o meu preferido.

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5. Enid Blyton

Como seria expectável já não leio nada de Enid Blyton há vários anos, mas de qualquer das maneiras era impossível não a incluir no top. Li imensos livros dela na infância/ adolescência: Colégio das quatro torres, As gémeas, Os cinco, Os Sete… Vivia apaixonada pelos livros desta senhora e moldou grande parte do meu imaginário. Para mim, durante algum tempo, a Zé, o Júlio, a Ana, o David e o Tim existiram mesmo algures no Reino Unido.

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Uma paixão chamada livros #20

20. Sequela que nunca deveria ter sido impressa

Esta foi a primeira pergunta em que tive um bloqueio. Pensei tanto, mas tanto nela. Pensei em todas coleções que já li ou em todos os livros que deram origem a uma sequela e nada. Até que em última instância obriguei-me a recorrer a um livro que li muito recentemente: “Quatro”. Acho que é o que cabe melhor nesta categoria, apesar de ter gostado de o ler.

Ao longo da trilogia Divergente vamos vendo tudo o que se passa aos olhos de Tris, quando chegamos ao último livro da trilogia, Convergente, vamos tendo um visão bicéfala. Vemos o que se passa aos olhos de Tris e Quatro. E eu gostei muito dessa incursão à mente do Tobias. Permitiu-me compreender com maior plenitude a personalidade dele.

Quatro, o livro, promete desvendar o passado de Quatro, mas no fundo, não desvenda nada. E é por esse motivo que tem lugar na pergunta 20. Gostei muito de o ler por ser narrado por Tobias, mas não me trouxe nada de novo. Tudo o que se passa já vinha narrado na trilogia principal. Mesmo o processo de escolha da fação ou de iniciação já nos tinha sido dado a conhecer em alguma parte da trilogia. Fora isso gostei do livro.

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Em ressaca

Estou numa das piores ressacas literárias de sempre. Acabei a saga Divergente. Não sei se estou pior pelo fim penoso do último livo, Convergente. Não suportos escritoras homicidas. Que insistem em levar quase todas as boas personagens. Porquê? Qual é o objetivo? Surpreender os leitores ou semear ódios?

Ou se é mesmo por ter acabado uma das melhores trilogias que já li. È tão a minha cara. Depois de ter acabado The Hunger Games, fui invadida por um vazio muito típico de quem acabou de ler uma coisa tão boa que se tornou parte da minha vida. Mas esse vazio foi suplantado pela trilogia Divergente. Agora, acabei a trilogia, fiquei sozinha outra vez, sem um livro que me transporte para outro lado, para outra perspetiva, para outro mundo.

Estou tão mal... Preciso de alguma coisa que cure esta ressaca horrível... Dizem que o tempo cura tudo. Ou uma nova paixão. Se alguem souber de algum livro que me ajude, avisem esta pobre alma.